When, with some consistency and periodicity, the mass media and senior figures in the American regime start talking about abolishing the Constitution, in a supposedly casual manner, you can be sure that something is cooking behind the scenes.
Yesterday it was John Kerry's turn to say on stage at the World Economic Forum (WEF) that freedom of expression is standing in the way of the United States' march towards dictators…sorry, democracy. "It's really hard to govern these days... The First Amendment is a big obstacle." - he said without his voice shaking.
The First Amendment concerns freedom of information, the new enemy of 'Western democracies', it seems. Of course, none of these commissioned speakers and scribes would dare - just yet - to say that they want to suppress freedom of information, so the formula is inverted and they increasingly talk about 'restricting and eliminating disinformation.' Of course, the decision of what is (and isn't) disinformation will be that of those who propose to eliminate it, just as until now the fact-checkers (all of them recruited from unofficial media organizations) have always validated what they or their colleagues wrote and denounced as lies anything that contradicted their versions of the truth.
After all, they couldn't denounce themselves, could they? And if there is such a thing as disinformation - which is doubtful, because there is really only one truth and lies, lots of lies - then the main producers of disinformation are those who say they want to fight it.
Hillary Clinton, on the other hand, told Margaret Hoover on PBS's Firing Line last week: "The press NEEDS a consistent narrative about the danger that Trump represents".
Of course, she says this consistently and - consistently too - the media parrot her - without bothering to specify what that danger he represents.
Now why should she dictate to the press what it NEEDS to do? I always thought that the press's job was to report facts, not to take part in political campaigns but she knows better, as far as we can see.
She knows that the press will do what she says it should do, like a real boss who won't tolerate disobedience.
Deep down you can understand why the 'owners of that kind of democracy' fear freedom of expression in this specific context, because their candidate seems incapable of expressing anything that makes sense.
It's unfair - they think - that others can articulate something when the poor lady is constantly lost in the labyrinth of her verbiage. It's an unequal battle, really.
But that was already known and yet they chose her to represent them, right? They can only blame themselves
(...)
O novo inimigo da democracia gringa:
A Liberdade de Expressão.
Quando com alguma consistência e periodicidade, os mass media e figuras de topo do regime americano começam a falar de abolir a Constituição, de forma pretensamente casual, podem ter a certeza que algo se está a cozinhar nos bastidores. Ontem foi a vez de John Kerry afirmar no palco do Fórum Econômico Mundial (FEM) que a liberdade de expressão está a atrapalhar a marcha dos Estados Unidos para o totalitarismo.
“É realmente difícil governar hoje em dia... A Primeira Emenda é um grande obstáculo.” – disse ele sem que a voz lhe tremesse.
A Primeira Emenda diz respeito à liberdade de informação, o novo inimigo das ‘democracias ocidentais’, ao que parece.
Claro que nenhum destes oradores e escribas encomendados se atreveria - por enquanto - a dizer que quer suprimir a liberdade de informação, então a fórmula é invertida e eles cada vez mais falam de ‘restringir e eliminar a desinformação.’
Naturalmente, a decisão do que é (e não é) a desinformação, será a de quem se propõe eliminá-la, tal como até agora os verificadores de factos (todos eles recrutados entre órgãos de comunicação oficiosos) sempre validaram o que eles ou seus colegas escreviam e denunciavam como mentira tudo o que contradissesse suas versões da verdade.
Afinal eles não se denunciaram a si mesmos, certo? e se existe algo que se pode classificar como desinformação — coisa duvidosa, pois, na verdade, só existe uma verdade e mentiras, muitas mentiras — então os principais produtores da desinformação são os que dizem querer lutar contra ela.
Já Hillary Clinton na semana passada, declarou a Margaret Hoover no Firing Line da PBS: "A imprensa precisa de uma narrativa consistente sobre o perigo que Trump representa". Claro, ela afirma isso consistentemente e - consistentemente também os media a papagueiam — sem cuidarem de especificar qual é esse perigo.
Agora por que razão ela deve ditar à imprensa o que ela precisa de fazer? eu sempre pensei que a função da imprensa era relatar factos, não participar de campanhas políticas mas ela sabe melhor, pelo que se vê.
Ela sabe que a imprensa fará o que ela diz que deve fazer, como uma verdadeira patroa que não toleraria desobediências.
No fundo até se entende por que razão os ‘donos daquela espécie de democracia’ temem a liberdade de expressão neste contexto específico pois sua candidata parece incapaz de exprimir qualquer coisa que faça sentido.
É injusto -pensarão eles - que outros consigam articular algo quando a pobre senhora se perde constantemente no labirinto de suas verborragias. É uma batalha desigual, de facto. Mas isso já era sabido e mesmo assim escolheram-na para os representar, certo? Não podem senão culpar-se a si mesmos.
Verborragia...nice. I knew you would write about Kerry's last utterances...democracy is a danger to democracy so in order to protect it, we need to abolish it (or at least stop the simulation thereof). Carthago esse delendam! And yes, they sacrifice children, like the Carthagese...
George Orwell.....