There is currently a declared war on real facts: the media want to replace events on the ground with their fantasised fictions. The incoherence of this attitude is revealed, however, whenever some real facts seem advantageous in the eyes of the manipulators.
In these journeys between the solid ground of reality and the fictionalised fog of what is desired, there is a swamp of contradictions that escapes the scribes. If we talk about climate change, for example, the 'experts' will use every hot day in a given region to promote their prophecies. They won't lie about the temperatures of those days.
But if it suddenly cools down, the unexpected drop in temperature won't be taken into account or, if it is, it will still be the consequence of 'global warming'. And then the absurd explanations will emerge, because hot days have always been followed by less hot or even cool days. All our sensory experience of temperatures has always confirmed this.
Something similar has happened in public health. Every disease has always had symptoms, so in order to convince the most reluctant of the pandemic danger, they invented the concept of 'asymptomatic' which, in the case of a supposedly contagious and lethal virus, was a very odd 'originality'.
In the chapter on wars, it's the same boggy road: some countries have the right to defend themselves by fiercely and indiscriminately attacking the people they oppress, and others are just invaders driven by ambition and boundless cruelty and must therefore be stopped at any cost.)
Unfortunately for the fiction writers, their poorly cut pieces don't fit into the complex puzzle of reality, which is why one day they euphorically declare that all red lines can be crossed without problems and the next day they are outraged and scream hysterically because the response to these violations has been clear and terrible (that’s what red lines are for, to warn trespassers of unpleasant consequences, right?)
This state of collapse and escape from reality won't last forever, of course. If fiction and fact were two Galaxies moving towards each other, it's not hard to predict which one would cannibalize the other.
No fiction, no matter how elaborate and fascinating, can sustain itself without putting down some roots in the soil of reality. Even the most fantastical writers have understood this in the past, even when they created alternative universes: they instinctively understood that their readers needed solid references to enter their fantasy worlds.
And note that these writers (Dante, Tolkien, Isac Azimov, among others) would under no circumstances ask their readers to take off from the real world to live in their fantasy lands, no such absurdity occurred to them: they knew better than anyone that all their fabulous creations had their foundations in the physical world because they themselves lived there, breathed real oxygen, drank real water, consumed real food.
Sometimes I get the impression that today's bad fiction writers posing as journalists believe that they live off abstractions like interest rates, stock markets and hedge funds.
(…)
O conflito ‘armado’ de que nunca se fala
(A guerra contra a realidade)
Existe, neste momento uma guerra declarada aos factos reais: os media querem substituir os eventos no terreno por suas ficções fantasistas. A incoerência desta atitude revela-se porém sempre que alguns factos reais parecem vantajosos aos olhos dos manipuladores.
Nessas viagens entre o sólido terreno da realidade e a névoa ficcionista do que se deseja, há um pântano de contradições que escapa aos escribas. Se falarmos de alterações climáticas, por exemplo, os ‘especialistas’ usarão todos os dias quentes, numa dada região, para promover suas profecias. Eles não mentirão quanto às temperaturas desses dias.
Mas se subitamente arrefecer, a imprevista baixa de temperaturas não será considerada ou, se o for, será ainda a consquência do ‘aquecimento global’. E aí surgirão as explicações absurdas, porque a dias quentes sempre sucederam dias menos quentes ou mesmo frescos. Toda a nossa experiência sensorial quanto a temperaturas sempre confirmou isso.
Algo semelhante aconteceu no capítulo da saúde pública. A todas as doenças sempre corresponderam sintomas, então para convencerem os mais renitentes quanto ao perigo pandémico eles inventaram o conceito de ‘assintomático’ o que, num caso de vírus supostamente contagioso e letal era uma ‘originalidade’ muito duvidosa.
No capítulo das guerras, o mesmo caminho pantanoso: há países que têm o direito a defender-se, atacando de forma feroz e indiscriminada o povo que oprimem e outros que são apenas invasores movidos pela ambição e pela crueldade sem limites e por isso têm de ser detidos.
Infelizmente para os ficcionistas ‘jornaleiros’, suas peças mal recortadas não encaixam no complexo puzzle da realidade e é por isso que um dia declaram euforicamente que se podem cruzar todas as linhas vermelhas sem consequências e no dia seguinte se indignam e gritam histericamente porque a resposta a essas violações foi clara e terrível.
Este estado de queda e fuga da realidade não vai durar para sempre, claro. Se ficção e factualidade fossem duas Galáxias movendo-se na direcção uma da outra, não é difícil prever qual delas canibalizará a outra.
Nenhuma ficção, por elaborada e fascinante que seja, poderá manter-se sem criar algumas raízes no solo da realidade. Isso até os escritores mais fantasistas compreenderam no passado, mesmo quando criaram universos alternativos: instintivamente eles entendiam que os seus leitores precisavam de referências sólidas para entrar em seus mundos fantasiados.
E notem que esses escritores (Dante, Tolkien, Isac Azimov, entre outros) em caso nenhum pediriam a seus leitores que decolassem do mundo real para viverem em mundos ficcionados, não lhes ocorria tal absurdo: eles sabiam melhor que ninguém que todas as suas fabulosas criações tinham suas fundações no mundo físico porque eles mesmos viviam aí, respiravam oxigénio real, bebiam água real, consumiam alimentos reais.
Às vezes tenho a impressão que os maus ficcionistas actuais que se fazem passar por jornalistas acreditam que vivem de abstracções como taxas de juro, acções bolsistas e fundos hedge.
Jornalistas? MOÇOS DE RECADOS