Loose notes (7)

About low politics

When they talk about their families, politicians only put in the shop window what they think their customers will buy, and they get very angry when others dig up stories about their ancestors that they would prefer to keep in the dungeons of oblivion.

Kaja Kallas, the Estonian who will replace Borrel in the EU's foreign policy wanderings, is one such case. She always talks about her mother and grandmother, sent by Stalin to Siberia. Never about her father, who served in Stalin's regime (see the meme above).

So what do we have here? Did one part of Kallas' family persecute the other or did her parents play opposing sides so that at least one part of the 'family business' would be safe?

But that's not all: Kallas' husband profited considerably from his business ties with Russia - even after the outbreak of the war in Ukraine.

Arvo Hallik, by his name, had a 24.9 per cent stake in the transport company Stark Logistics, which continued to transport raw materials to Russia after the Russian invasion of Ukraine, despite Kallas having previously asked Estonian companies to cease operations in Russia. The company generated around €1.5 million in revenue from providing a transport service for a company still operating in Russia.

Is there a bet that she won't ask for sanctions for her husband?

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Kamala Harris recently said that she is the only vice-president who has remained loyal to her boss. Many wondered if she was talking about history, but it could be that Joe has vice-presidents we weren't informed about. These days, nothing should surprise us any more, not even the fact that some consider her the right person to defeat Trump. I have an explanation for this sudden enthusiasm for the lady: she has been the most absent and quiet Democratic apparatchik, after all that fuss, after the famous debate .

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The UK elections were almost as much of a yawn as the debate between Joe and Donald, but there were some noteworthy facts, such as this: Liz Truss, the woman who wanted to be the new Margaret Thatcher, to the point of mimicking her by climbing into a battle tank (to invoke the Empire's mournful and doomed victory against Gualtieri's Argentina in the case of the Falklands) and who hired a stylist to dress her 'à la Thatcher', failed to get elected as an MP in her constituency, which has always elected Conservatives.

Oh, she had some merits, don't laugh. In other words, laugh, but bear this in mind:

She was the first and only one to defeat Rishi, until yesterday. Right, at the time not by popular vote but by that of the conservatives who trusted her more than Rishi.

Then it all went wrong and she was given the dubious privilege of being labelled the UK's lettuce PM because a good lettuce would last longer without wilting than she did.

Now she'll have to find another way of life. Well, with her intelligence, beauty and knowledge (including geography) her employees have no doubt that she will dbe just fine.

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Notas soltas (7)

sobre politiquices

Quando falam de suas famílias, os políticos só colocam na vitrina o que acham que seus clientes vão comprar e revoltam-se muito quando outros desenterram histórias de seus antepassados que eles e elas prefeririam manter nas masmorras do olvido.

Kaja Kallas, e estoniana que vai substituir Borrel nas andanças da política externa da UE é um desses casos. Ela sempre fala de sua mãe e avó, enviadas por Estaline para a Sibéria. Nunca de seu pai, que serviu o regime de Estaline (ver o meme acima).

Então o que temos aqui? uma parte da família de Kallas perseguiu a outra ou seus pais jogaram em  lados opostos para que pelo menos uma parte da ‘empresa familiar’ ficasse a salvo?

Mas não é tudo: o marido de Kallas  lucrou consideravelmente com os laços comerciais com a Rússia – mesmo depois do início da Guerra na Ucrânia.

Arvo Hallik, de seu nome, tinha uma participação de 24,9% na empresa de transporte Stark Logistics, que continuou a transportar matérias-primas para a Rússia após a invasão russa da Ucrânia, apesar de Kallas ter pedido anteriormente que as empresas estonianas cessassem as operações na Rússia. A empresa gerou cerca de € 1,5 milhão em receita com a prestação de um serviço de transporte para uma empresa que ainda opera na Rússia.

Vai uma aposta que ela não vai pedir sanções para seu marido?

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Kamala Harris disse recentemente que ela é a única vice-presidente que permaneceu fiel a seu chefe. Muitos se perguntaram se ela falava de História mas pode acontecer que Joe tenha vice-presidentes sobre os quais não fomos informados. Nos dias que correm, já nada nos devia surpreender, nem mesmo o facto de haver quem a considere a pessoa certa para derrotar Trump. Eu tenho uma explicação para esse súbito entusiasmo pela senhora: ela tem-se mantido mais caladinha e quieta que qualquer outro apparatchik democrata.

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As eleições do Reino Unido foram um bocejo quase tão grande como o debate entre Joe e Donald mas houve factos dignos de nota, como este: Liz Truss, a mulher que queria ser a nova Margaret Thatcher, a ponto de a mimetizar subindo para um tanque de guerra (para invocar a lúgubre e condenada vitória do Império contra a Argentina de Gualtieri, no caso das Malvinas) e que contratou um estilista para a vestir 'à la Thatcher', não conseguiu ser eleita deputada no seu círculo eleitoral que sempre elegeu conservadores.

Ah ela teve alguns méritos, não se riam. Ou seja, riam-se mas tenham em conta isto:

Ela foi a primeira e única a derrotar Rishi, até ao dia de ontem. Certo, na altura não pelo voto popular mas pelo dos conservadores que confiaram mais nela do que em Rishi.

Depois tudo correu mal e ela recebeu o duvidoso privilégio de ser intitulada a PM alface do Reino Unido porque uma boa alface aguentaria mais tempo sem murchar do que ela aguentou.

Agora ela vai ter de encontrar outra forma de vida. Bom, com sua inteligência, beleza e conhecimentos (incluindo geografia) seus colaboradores não têm duvidas que ela se sairá muito bem.